Durante o caos que foi ontem em São Paulo, no qual eu estava e senti na pele seus efeitos, lembrei-me do Dies irae, uma das partes da Missa de Réquiem, neste caso específico da Missa de Réquiem de Mozart. Para quem não sabe Missa de Réquiem era uma missa realizada para um defunto (equivale ao que atualmente chamamos, missa de corpo presente), Réquiem em latim, mal traduzindo, significa descanso e Dies irae, literalmente Dia de ira. E acho que ontem Deus se inspirou no Dies irae do Réquiem de Mozart...
Pelo menos vendo e fazendo parte do caos que foi ontem, me veio na hora essa música de sublime beleza, mas que nos faz sentir o caos do dia do julgamento ao ouvi-la. E ontem ao mesmo tempo que as imagens da natureza em fúria eram belas, eram também assustadoras, assim como a música é bela e assustadora.
Existem várias Missas de Réquiem criadas por vários outros compositores, mas a mais famosa, e, na minha opinião, mais bela é o Réquiem de Mozart, na qual o Dies irae é sua terceira parte.
Para quem não conhece segue abaixo o link com a música em questão.
A letra original em latim é a seguinte:
Dies iræ, dies illa,
Solvet sæclum in favilla;
Teste David cum Sibylla.
Quantus tremor est futurus,
Quando judex est venturus,
Cuncta stricte discussurus!
Traduzindo:
Dia de ira, aquele dia
no qual os séculos se desfarão em cinzas
assim testificam Davi e Sibila.
Quanto temor haverá então,
Quando o Juiz vier,
Para julgar com rigor todas as coisas
Sem mais despeço-me torcendo para que Deus não resolva se inspirar hoje no Dies Irae do Réquiem de Verdi... Abraços!