Assim como sua antagonista (Teologia da Libertação), a Renovação Carismática Católica (RCC), surgiu, ou melhor, foi “inventada” por motivos puramente políticos.
Explico-me: como já disse nos artigos anteriores a Teologia da Libertação (TL) foi criada com o intuito de aproximar o catolicismo da corrente comunista, que estava em ascensão ideológica numa época de revoluções e ditaduras que perseguiam e atentavam contra a liberdade de expressão. Pois bem, os E.U.A., como bem se sabe, não podiam, e não podem até hoje, ouvir falar de qualquer corrente comunista e como a Teologia ganhava amplo terreno em seu quintal (a América Latina), e com medo de perder seu poder politico e econômico sobre os países latinos e sabendo que esses tinham e tem uma predileção pela fé católica, os americanos, “sábios” (leia-se: espertos) como sempre criaram (e esta é palavra certa mesmo) a RCC.
A RCC tem, por outro lado, sua criação baseada nas seitas evangélicas pentecostais americanas (estadunidenses), e prega justamente o contrário da TL, ou seja, se a TL prega uma teologia extremamente racional, voltada para o povo e seu sofrimento, chegando a se tornar uma teologia ateia, pois banaliza os mistérios divinos, transformando-os em algo puramente humano, a RCC veio para ajudar a alienar mais o povo, que já é muito alienado. Por seu caráter baseado em cultos extremamente sentimentais, com um olhar voltado totalmente para as coisas do alto, a fé cega, sem questionamento, os seguidores da RCC, tornar-se-iam exatamente oque os americanos queriam numa época em que para quem vivia sobre o julgo das ditaduras militares seria fácil ir para um lado em que se pregava o combate de tais formas governamentais e este lado era à esquerda, os comunistas.
Isso era onde eu queria chegar, passo a partir do próximo artigo, a enumerar os motivos pelos quais estou certo de que a RCC é tão perigosa para a verdadeira fé quanto a TL e porque deve ser combatida por quem realmente se denomina católico apostólico romano.
(continua no próximo artigo).
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