"A moda sai de moda, o estilo jamais."
Coco Chanel.
Se você não aceita certas coisas somente porque os outros dizem serem certas, se você não se contenta com respostas prontas para suas perguntas, se você é mal compreendido em suas ideias ou ainda se você já foi chamado de louco por expor o que pensa, então este é o blog perfeito para você. Vou tentar, na medida do possível, lançar alguns questionamentos sobre coisas polemicas, expor minhas ideias e responder suas perguntas, sempre conforme minha linha de raciocínio.
terça-feira, 30 de outubro de 2012
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Canto Lírico - Lírico-Spinto
Hoje falarei um pouco a respeito da voz de Soprano Lírico-Spinto:
Soprano lírico-spinto é o tipo de voz lírica caracterizada pela capacidade de se fazer spinto (do italiano spingere, "empurrar"). Possui cor e peso vocais para cantar passagens dramáticas sem desgaste, não-obstante não tenha as características típicas da soprano dramático, e é associada normalmente ao tenor lírico-spinto. O termo define, essencialmente, a soprano lírica que canta com mais potência nos clímax dramáticos.
Características
Uma vez que as classificações vocais não são consensuais, muitos autores utilizam a categoria de soprano lírico-dramático como idêntica à de lírico-spinto. No entanto, outros chegam a utilizar os termos soprano lírico-spinto e soprano spinto em gradação, com o primeiro referindo-se à voz lírica capaz de cantar obras que exigem tanto lirismo quanto poder vocal, e o segundo a voz de quem se requer maior poder e dramaticidade aliada à capacidade de cantar em tessituras altas. Contudo, em geral, a expressão soprano spinto é tida como abreviação da anterior. Por fim, há ainda quem considere a a qualidade de spinto um atributo de certas sopranos dramáticos caracterizado pelo squillo e pelos agudos brilhantes e potentes.
Essa soprano possui geralmente algo do veludo e da doçura da lírica, mas sua voz é mais encorpada e densa, recorrendo com frequência ao squillo para ultrapassar passagens de orquestração pesada e manter a potência em tessituras agudas. O tom do timbre é normalmente mais escuro e dotado de mais metal, com riqueza de harmônicos e habilidade nas mudanças de dinâmica. Isso as torna ideais para papéis líricos mais expressivos, como heroínas e personagens elegíacos.
Papéis lírico-spinto têm destaque sobretudo no romantismo e no verismo italianos. Com o amadurecimento da voz, algumas sopranos podem interpretar alguns papéis de soprano dramático, e muitas delas chegam ao repertório spinto após desenvolverem uma carreira inicial como soprano lírico. Contudo, por ser relativamente raro, os papéis escritos para tal tipo de voz são frequentemente interpretados por sopranos de outras categorias, o que levou à ruína vozes de muitas sopranos líricas. Sua tessitura aproximada é do Dó3 ao Ré5.
Registros
Registro agudo
Mais vigoroso e amplo que o da soprano lírico e dotado de cor clara e brilhante, marcado amiúde pelo squillo, isto é, a ressonância vibrante das notas agudas para fazer frente à orquestra e adquirir maior projeção vocal.
Registro central
Comparado ao da soprano lírico, é vigoroso, potente e expressivo, com tom geralmente mais redondo e levemente metálico, mas ainda claro e aveludado. Tais características propiciam habilidade em conferir uma forte carga dramática no canto e cantar sustentadamente em linhas vocais com orquestra pesada.
Registro grave
É extenso e forte, menos igualado com os outros registros. Frequentemente as sopranos lírico-spinto, assim como sopranos dramáticos, recorrem aos graves emitidos com voz de peito como recurso dramático.
Coloratura
Algumas sopranos com características típicas de lírico-spinto têm agilidade e extensão suficientes para cantar com sucesso determinados papéis de coloratura. Geralmente esses sopranos alternam seus papéis líricos e lírico-spintos com papéis de coloratura, seja aqueles também lírico-spinto mas que exigem ornamentos (Leonora de Il Trovatore ou Luisa Miller da ópera homônima de Verdi) ou os compostos para sopranos dramático-coloratura. Sua tessitura aguda pode chegar a um Mib5 até um Fá5.
Papéis para soprano lírico-spinto:
- Tosca, da ópera homônima de Giacomo Puccini;
- Manon Lescaut, da homônima ópera de Giacomo Puccini;
- Madalena, em Andréa Chenier, de Umberto Giordano;
- Elisabetta di Valois, em Don Carlo, de Giuseppe Verdi;
- Amélia, em Un Ballo in Maschera, de Giuseppe Verdi;
- Jenufa, da homônima ópera de Leos Janacék;
- Elisabeth, em Tannhäuser, de Richard Wagner;
- Thais, da ópera homônima de Jules Massenet;
- Adriana Lecouvreur, da homônima ópera de Francesco Cilea;
- Joana de Flandres, da homônima ópera de Carlos Gomes;
- Lisa, em A Dama de Espadas, de Piotr Illich Tchaikovsky.
Papéis que requerem coloratura:
- Leonora, em Il Trovatore, de Giuseppe Verdi;
- Elena, em Il Vespri Siciliani de Giuseppe Verdi;
- Leda, em La Batalha de Legnano, de Giuseppe Verdi;
- Hélène, em Jerusalém, de Giuseppe Verdi;
- Fiordiligi, em Così fan Tutte, de Wolfgang Amadeus Mozart.
Suas representantes mais famosas:
- Antonietta Stella;
- Aprile Millo;
- Claudia Muzio;
- Fiorenza Cedolins;
- Constantina Araújo;
- Tarja Turunen;
- Eliane Coelho;
- Galina Gorchakova;
- Ida Miccolis;
- Karita Mattila;
- Mirna Rubim;
- Raina Kabaivanska;
- Sondra Radvanovsky;
- Sarah Brightman;
- Renata Tebaldi.
Segue abaixo, conforme o costume três links de vídeos para apreciação. O primeiro de Aprile Millo interpretando "La Mamma Morta" da óprea "Andrea Chénier" de Umberto Giordano. O segundo de Sarah Brightman interpretando "Think of me" do musical "O Fantasma Ópera" de Andrew Lloyd Webber. E o terceiro de Renata Tebaldi interpretando "Si, mi chiamano Mimi" da ópera "La Boheme" de Puccini.
domingo, 28 de outubro de 2012
sábado, 27 de outubro de 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Frase do dia!
"A tragédia não é quando um homem morre; a tragédia é aquilo que morre dentro de um homem enquanto ele ainda está vivo."
Albert Schweitzer.
domingo, 21 de outubro de 2012
sábado, 20 de outubro de 2012
Canto Lírico - Soprano Lírico
Hoje falarei sobre outra subdivisão da voz de soprano a Soprano Lírico.
Soprano lírico é o timbre típico do soprano: é sonoro, aveludado, redondo, com uma homogeneidade ao longo dos registros. Possui uma aptidão natural ao legato expressivo e rico em matizes e harmônicos. Sua maior riqueza de cores e tessitura mais centrada no registro médio ou central levam esse tipo de voz a ser muito utilizado em papéis de heroínas, como a famosa Mimi, de La Bohemè. Alguns sopranos líricos, possuindo um timbre mais escuro e maior extensão grave, podem passar a cantar, na fase madura de suas carreiras, papéis para soprano lírico-spinto, mas isso não ocorre com todas elas. Sua tessitura usual é do Dó3 ao Ré5.
Registros
Registro agudo
Não é muito ideal para virtuosismos vocais e papéis de coloratura, não excedendo o Ré5, na sua tessitura lírica. É brilhante, doce e muito harmônico, sem presença de metal na voz.
Registro central
É aveludado, brilhante e sensual. Possui geralmente um veludo e uma riqueza que lhe conferem tons amáveis, joviais e apaixonantes.
Registro grave
É de média intensidade e já possui um certo efeito na emissão. Além de a extensão grave ser geralmente maior, a emissão possui mais corpo e personalidade.
Coloratura
O soprano Lírico puro com extrema agilidade e grande extensão no registro agudo. No entanto, enquanto o soprano lírico possui um timbre mais cheio e redondo, o timbre do lírico-coloratura é geralmente mais agudo e brilhante. Comparado ao lírico-leggero, sua voz tem mais intensidade, veludo e homogeneidade entre os registros, mas ainda requer uma nobre linha vocal lírica. Sua tessitura para coloratura tem uma extensão do Dó3 ao Fá5.
Alguns personagens operísticos famosos:
Alguns papéis com coloraturas
- Violeta, em La Traviatta, de Giuseppe Verdi;
- Elvira, em Ernani de Giuseppe Verdi;
- Gunalra, em Il Corsaro, de Giuseppe Verdi;
- Naneta, em Faustaffe, de Giuseppe Verdi;
- Marie, em La Fille du Regiment, de Gaetano Donizetti;
- Rosina, em O Barbeiro de Sevilha, de Gioacchino Rossini;
Papéis mais líricos
- Mimi, em La Boheme, de Giacomo Puccini;
- Liu, em Turandot, de Giacomo Puccini;
- Lauretta, em Gianni Scchichi, de Giacomo Puccini;
- Magda, em La rondine, de Giacomo Puccini;
- Manon, da ópera homônima de Jules Massenet;
- Susana, em As Bodas de Fígaro, de Wolfgang Amadeus Mozart;
- Pamina, em A Flauta Mágica, de Wolfgang Amadeus Mozart;
- Sieglinder, em A Valquiria, de Richard Wagner;
- Elizabeth, em Tannhäuser, de Richard Wagner;
- Elsa, em Lohengrin, de Richard Wagner;
- Amélia, em Simon Bocanegra, de Giuseppe Verdi;
- Louise, na ópera homônima de Gustave Charpentier;
E suas representantes mais famosas:
Lírico de Coloratura
- Alexandrina Pendatchanska;
- Amélia Benvenutti;
- Andréa Ferreira;
- Angela Gheorghiu;
- Anna Netrebko;
- Elizabeth Futral;
- Gundula Janovtz;
- Lucia Aliberti;
- Mila Kaluskova;
- Maria Callas;
- Montserrat Caballé;
- Rosana Lamosa;
- Ruth Ann Swenson.
Lírico Puro
- Adélia Issa;
- Agnes Zaire;
- Bárbara Fritolli;
- Bárbara Hendricks;
- Carmen Monarcha;
- Cherryl Studer;
- Cristina Gallardo-Dômas;
- Débora Voigth;
- Edy Madeo;
- Elisabeth Grümmer;
- Elisabeth Schwarzkopf;
- Felicity Lott;
- Ileana Sinnone;
- Katia Ricciarelli;
- Kiri Te Kanawa;
- Lisa della Casa;
- Magda Olivero;
- Mirella Freni;
- Pilar Lorengar;
- Renata Scotto;
- Renata Tebaldi;
- Suoile Isokoski;
- Verónica Villarroel;
- Victoria de Los Angeles.
Como existe duas vertentes deste timbre (e também porque as sopranos mais famosas se incluem nele) vou postar 6 links de vídeos para que vocês possam apreciar mais corretamente as características específicas deste timbre. Os três primeiros de coloratura: o primerio de Anna Netrebko interpretando a ária "Casta Diva" da ópera "Norma" de Vinenzo Bellini (além de cantar muito é uma gata), o segundo da famosíssima Maria Callas (conciderada por muitos a maior soprano de todos os tempos) intrepretando a famosa ária "Habanera" da ópera "Carmen" de Bizet, e o terceiro de Montserrat Caballé (que disputa com Maria Callas o título de maior somprano de todos os tempos), interpretando a ária "O mio babbino caro" da ópera "Gianni Schicchi" de Puccini.
http://www.youtube.com/watch?v=6fZRssq7UlM
http://www.youtube.com/watch?v=RxZSP1Dc78Q
E os três ultimos de lírico puro: o primeiro de Kiri Te Kanawa interpretando a ária "Porgi amor" da ópera "Le nozze di Figaro" de Mozart, o segundo de Renata Tebaldi interpretando "Vissi d'arte" da ópera "Tosca" de Puccini e o terceiro da brasileira Carmen Monarcha (solista da orquestra de André Rieu) interpretando "Ave Maria" de Gounod.
http://www.youtube.com/watch?v=QfZT2Zn0mWc
http://www.youtube.com/watch?v=YTsRHEx3p8c
http://www.youtube.com/watch?v=ebT2aZUCrIY
Bom proveito e até a próxima.
http://www.youtube.com/watch?v=RxZSP1Dc78Q
E os três ultimos de lírico puro: o primeiro de Kiri Te Kanawa interpretando a ária "Porgi amor" da ópera "Le nozze di Figaro" de Mozart, o segundo de Renata Tebaldi interpretando "Vissi d'arte" da ópera "Tosca" de Puccini e o terceiro da brasileira Carmen Monarcha (solista da orquestra de André Rieu) interpretando "Ave Maria" de Gounod.
http://www.youtube.com/watch?v=QfZT2Zn0mWc
http://www.youtube.com/watch?v=YTsRHEx3p8c
http://www.youtube.com/watch?v=ebT2aZUCrIY
Bom proveito e até a próxima.
Frase do dia!
"Quando a honra de um homem é inatacável, fica-lhe descente qualquer roupa que vista."
Anônimo.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Frase do dia!
"As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem."
Chico Buarque.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Frase do dia!
"Os poderosos podem matar uma, duas, três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira."
Che Guevara.
domingo, 14 de outubro de 2012
sábado, 13 de outubro de 2012
Frase do dia!
"A palavra foi dada ao homem para disfaçar o próprio pensamento."
Charles Talleyrand-Périgord.
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Frase do dia!
"Há um ponto elevado em que a arte, a natureza e a moral se confundem e são simplismente uma só coisa."
Charles Saint-Beuve.
Charles Saint-Beuve.
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Canto Lírico - Soprano Ligeiro e Lírico Ligeiro
Continuando meus artigos sobre canto lírico, irei falar hoje sobre a segunda classificação da voz de soprano:
Soprano ligeiro (ou soprano leggero, do original italiano) é o timbre feminino mais leve dos sopranos, cuja emissão se apóia principalmente na ressonância craniana e nas cores claras do som. A voz em geral é doce, leve e de pouco volume, ideal para personagens jovens, alegres e/ou angelicais. A coloração da voz é semelhante à do ultraleggero, mas pode ter mais riqueza e uma coloração mais rica do que a destas. Quase sempre está associada aos papéis de coloratura. Sua tessitura usual é do E4 ao A6.
Registros
Registro sobreagudo e agudo
É fácil e leve, embora não bastante intenso e volumoso. Alcança até o A6, e é de fácil execução em legatos, pichetatos, staccatos e, principalmente, em trinados.
Registro central
É fácil e leve, normalmente seco, muita intensidade e uma grande riqueza de cores, se comparada a outras categorias de sopranos.
Registro grave
É fraco, com pouco brilho. Muitas vezes é inexpressivo e de pouca personalidade sonora.
Coloratura
O soprano ligeiro possui grande agilidade e uma esplendida virtuosidade em vocalizes, quase todos os papéis escritos para soprano ligeiro possuem algum tipo de coloratura ou de notas agudas.
Os personagens operísticos mais famosos para esta coloratura vocal são:
- Cecília, em Il Guarany, de Carlos Gomes;
- Olímpia, em Os Contos de Hoffmann, de Jacques Offenbach;
- Philline, em Mignon, de Ambroise Thomas;
- Ophélia, em Hamlet, de Ambroise Thomas;
- Princesa Eudoxia em La Juive, de Halevy;
- Lakmé, de Leo Delibes;
- Oscar, em Un Ballo in Maschera, de Giuseppe Verdi;
- O pássaro, em Siegfried, de Richard Wagner.
Suas representantes mais famosas são:
- Amelita Galli-Curci;
- Erna Bergher;
- Eva Lind;
- Jennifer Welch-Babigde;
- Lily Pons;
- Luisa Tetrazzini;
- Mady Mesplé;
- Melissa Ferlaak;
- Miliza Korjus;
- Natalie Dessay;
- Sandrine Piau;
- Emma Kirkby;
Seguem abaixo os links de três vídeos para melhor elucidar as características vocais desta coloratura de soprano. O primeiro de Erna Bergher em execução de “Et incarnatus est” da missa em Dó menor de Mozart (somente fotos e canto), o segundo de Eva Lind em execução de “Cantique de Noël” de Strauss e o terceiro de Lily Pons em execução da famosa área da Rainha da Noite: “Der Hölle Rache kocht in meinem Herzen” da ópera Flauta Mágica de Mozart (somente fotos e canto). Aproveitem e até o próximo artigo. Abraços!
http://www.youtube.com/watch?v=ZD8XjiEORcA
http://www.youtube.com/watch?v=tZ40SyTxoBchttp://www.youtube.com/watch?v=ZD8XjiEORcA
Soprano Lírico Ligeiro
Soprano lírico ligeiro (ou leggero) é, no canto, o timbre intermediário entre o leggero e o lírico, com uma menor igualdade de registros, um registro central mais rico e arredondado, mas, com menor corpo de som maior facilidade de emissão do registro agudo e menor aptidão ao legato expressivo. Alguns sopranos lírico-leggero podem amadurecer a voz e interpretar com sucesso papéis de sopranos líricos.
Registros
Registro sobre agudo e agudo
É claro e de fácil emissão. Traz algumas semelhanças com o soprano leggero, com agudos brilhantes e de média intensidade, mas com uma extensão menor.
Registro central
Possui maior riqueza de cores e um timbre mais redondo que o do soprano leggero, mas é menos aveludado e encorpado que o do lírico. Possui, no entanto, articulação mais fácil que o desta.
Registro grave
Mais extenso que o do leggero, mas sem a maior facilidade de emissão que o lírico possui nessa região da voz.
Coloratura
O soprano lírico-leggero que possui extrema agilidade, geralmente é esse o timbre típico para interpretar papéis de coloraturas, pois a emissão é fácil e de média intensidade.
Os personagens mais famosos para esta coloratura vocal são:
De coloratura
- Amina, em La Sonambula, de Vincenzo Bellini;
- Lucia di Lammermoor, na homonima ópera de Gaetano Donizetti;
- Soeur Constance, em Dialogos das Carmelitas, de Francis Poulenc;
- Zerbinetta, em Ariadne auf Naxos, de Richard Strauss;
- Gilda, em Rigoletto, de Giuseppe Verdi;
- Adele, em O Morcego, de Richard Strauss;
Papéis líricos
- Sophie, em Wether, de Jules Massenet;
- Dafné, na homonima ópera de Richard Strauss;
- Muzzeta, em La Bohème, de Giacomo Puccini;
- Fréia, em O Ouro do Reno, de Richard Wagner;
- Leila, em O Pescador de Pérolas, de Georges Bizet;
Algumas das representantes mais famosas desta classificação, são:
- Diana Damrau;
- Célia Coutinho;
- Bidu Sayão.
Abaixo segue três links de vídeos para que vocês possam apreciar as características vocais desta subdivisão da voz de soprano. O primeiro é de Diana Damrau interpretando "Nume, respire... Ah, lo sento" de Salieri (aquele mesmo que era inimigo de Mozart), o segundo (fotos e som) da brasileira Célia Coutinho interpretando "Roseas Flores D'alvorada" de Farncisco Mignone e o terceiro (fotos e som) da, também brasileira Bidu Sayão interpretando o trecho "Un bel di vendremo" da ópera Madame Butterfly de Puccini, aproveitem e até o próximo artigo!
terça-feira, 9 de outubro de 2012
domingo, 7 de outubro de 2012
sábado, 6 de outubro de 2012
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Reflexão acerca da Liberdade.
Sartre, provavelmente o filósofo que mais pensou acerca deste tema, disse que: “o homem está condenado a ser livre”, eu, embora não seja tão filosófico assim, digo que o homem está condenado a buscar a liberdade sem, se quer, saber se um dia irá realmente encontrá-la.
Mas afinal, o que é liberdade? Onde a encontramos?
O ser humano anseia e sempre ansiou por liberdade desde seus primórdios. Ele, o ser humano, busca e sempre buscou a liberdade de povos, a liberdade de nações, a liberdade de credos, a liberdade de raças, a liberdade sexual, a liberdade política e a liberdade de ideias, ou melhor, de expô-las. Mas isso isso basta? Se tivermos todos os itens acima citados seremos livres?
Penso que não...
Mesmo com a liberdade em todas as áreas citadas, ainda assim somos escravos. Sim somos escravos! Escravos do mundo que nos cerca, estamos presos por leis, por convenções sociais, pela ética e pela moral. A família nos aprisiona, a moda nos aprisiona, a estética nos aprisiona, a tecnologia nos aprisiona, os bens nos aprisionam, o governo nos aprisiona, o sistema nos aprisiona e dinheiro nos aprisiona.
A minha fé Católica Apostólica Romana, me ensina que nosso próprio corpo é uma prisão; uma prisão de carne onde está cativa nossa alma, que foi feita por Deus e para Deus e O busca incessantemente e também que só seremos realmente livres quando morrermos e formos para junto de nosso Criador. Mas, ao analisarmos tal questão com os olhos da razão e não da fé, percebemos que que a religião, ou melhor, o seguimento de uma religião também nos aprisiona, pois, ao obrigarmo-nos a seguir as regras ditadas por esta, deixamos de agir conforme nossa vontade e passamos a gir conforme um código moral e ético pré-determinado por nossa fé.
Ao menos, então, somos livres para pensar. Seria nossa liberdade, uma liberdade platônica, ou seja, uma liberdade que só é perfeita no mundo das ideias? Será?
As teorias psicanalíticas de Freud vão dizer que nossa mente, e consequentemente, nossos pensamentos e ideias são fruto de nosso subconsciente, que por sua vez é formado pelo Id, Ego e Superego. E segundo as teorias freudianas, junguianas e outras tantas, vão dizer disser que todo o subconsciente é fruto de nossa sexualidade, de nossas projeções, de nossa educação e criação, do meio em que vivemos, de nossas relações, ou de nossa percepção do mundo ou tudo isso junto e misturado.
E, se nossas ideias e pensamentos são influenciados por tudo isso, nem nisso somos livres.
Então, enfim, quando somos livres?
Não sei. Sinceramente não tenho a resposta a esta questão. Só sei que, muito embora não saiba como, nem onde, continuo buscando a minha liberdade.
Frase do dia!
"Os seus princípios devem significar mais para você do que dinheiro e sucesso."
Anônimo,
Assinar:
Postagens (Atom)